O termo Big Data define um conjunto de dados enorme, rápido, complexo e difícil ou impossível de ser analisado utilizando os métodos tradicionais.
O ato de armazenar grandes quantidades de informação para análise já existe há muito tempo. Mas o conceito de Big Data ganhou impulso a partir dos anos 2000, quando um conjunto de analistas articulou as três variáveis que mais o caraterizam: volume, velocidade e variedade.
Atualmente, as organizações colecionam um conjunto enorme de dados originários de um número vasto de fontes. Se no passado armazenar esse volume de dados seria um problema, hoje em dia existem plataformas que permitem aliviar essa carga.
Com o crescimento da Internet of Things (IoT), os dados fluem para as empresas a uma velocidade sem precedentes e devem ser tratados de forma rápida. Etiquetas RFID e sensores inteligentes estão a responder à necessidade que as empresas têm de analisar dados em tempo real.
A variedade dos dados é ampla. Estes estão disponíveis em vários formatos, desde dados numéricos estruturados em bases de dados a documentos de texto não estruturados, e-mails, vídeos, áudios, entre outros.
Uma das áreas em que o Big Data foi transposto para o quotidiano de todos nós é o entretenimento. Veja-se a possibilidade de o utilizador colecionar e utilizar conteúdo media e social, bem como entender os seus padrões de utilização em tempo real.
O Spotify é um exemplo de serviço que utiliza o Big Data para agregar milhões de dados e fornecer tendências musicais indicadas pelo utilizador comum.
Com a evolução da Internet e do Big Data, hoje é possível colecionar ou comprar um grande volume de dados que indicam o que um elevado número de consumidores procura, clica e gosta. Há também um influxo de dados de desempenho que medem a eficácia das campanhas de marketing por meio de impressões, taxas de cliques e outras métricas modernas que são muito mais diferenciadas do que apenas os indicadores de vendas.
Os mapas para aplicativos são a evidência mais resumida de como a navegação foi transformada pela tecnologia, com a maioria dos utilizadores de smartphones a depender dos seus dispositivos para obter informações.
Essas informações disponibilizadas ao utilizador comum são influenciadas pelo Big Data. Falamos, por exemplo, dos padrões de tráfego, obtidos a partir de agências governamentais, imagens de satélite, entre outras.
O Big data não afeta apenas a forma como as pessoas se movem, mas também como tudo se move, incluindo os meios de transporte. Um exemplo são os automóveis que, através de sensores a bordo e conectividade IoT, colecionam e transmitem tantos dados que a revolução da condução autónoma pode estar mais perto do que pensamos.
A maioria das empresas armazena muito mais dados do que analisa. De acordo com estimativas, entre 60% a 70% dos dados permanece sem utilização. Existem várias razões para tal, sendo uma delas o facto de muitas ferramentas analíticas examinarem apenas amostras aleatórias de um grande conjunto de dados. Isso acelera o processo de descoberta, mas deixa para trás muitos dados inexplorados.
Algumas empresas, porém, conscientes do valor de dados volumosos e da vantagem que deles podem tirar, estão à frente da curva. Estas interagem de forma ativa e significativa com o Big Data e o Big Business.
O Big Data está a ajudar a revolucionar a área da saúde, embora ainda de uma forma lenta.
Ferramentas de diagnóstico que eram utilizadas cada vez que os pacientes se dirigiam a unidades de saúde estão a ser incluídas em dispositivos móveis. Alguns exemplos são o monitor de frequência cardíaca que vemos no Apple Watch ou o monitor de temperatura de pele. Estes dispositivos podem armazenar dados biométricos ao longo de todo o dia, em vez de o fazer apenas durante as consultas médicas.
Mas, embora os dispositivos pessoais de saúde tenham conquistado um nicho em expansão, estes não poderão substituir o papel dos médicos tão cedo.
A importância do Big Data não gira em torno do volume de dados que temos, mas sim daquilo que podemos fazer com ele. Estes dados podem ser obtidos de várias fontes e ser analisados para encontrar respostas que possibilitem redução de custos e de tempo, desenvolvimento de novos produtos otimizados e tomadas de decisão inteligentes. Ao conjugar o Big Data com análises eficientes, qualquer utilizador comum obtém melhores resultados.
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